Cerca de 40 espécies de cigarrinha atacam a cultura do milho, no entanto, apenas uma – a Dalbulus maidis – é de interesse econômico, pois transmite o enfezamento vermelho para as plantas, além de ser porta de entrada para outros patógenos. O enfezamento faz com que a planta apresente entrenós curtos e espigas reduzidas, causando grandes perdas.

A cigarrinha do milho foi um grande problema para os produtores durante a safra 2020/21, conforme verificaram em campo as equipes do Rally da Safra 2021. Elas representaram grandes impactos econômicos nas lavouras de milho.

Folha de milho com cigarrinhas sobre ela

Como realizar o manejo da cigarrinha?

A cigarrinha é uma praga que se adapta facilmente e está amplamente difundida pelo território brasileiro. Por este motivo, a realização do manejo é feito de forma integrada, já que não existe um controle específico para ela.

Uma das formas de controle é a eliminação das soqueiras de milho, a fim de não deixar tigueras de uma safra para outra. Outro ponto fundamental é a utilização de híbridos tolerantes à praga. Um bom tratamento de semente também evita um maior fluxo de cigarrinha, principalmente no início do plantio e do desenvolvimento das lavouras.

No que diz respeito à utilização de químicos, não se deve renunciar ao manejo químico, principalmente até o v4 – fase mais crítica e que pode apresentar maiores danos, caso a planta seja infectada neste período.

Os químicos utilizados são o acefato e misturas de neonicotinóides com piretróides, que apresentam bom nível de controle, com aplicações entre cinco e sete dias. Esse número de aplicações varia em função das características regionais.

Além do controle químico, existe a opção de controle biológico da praga através de fungos. Por ser um organismo vivo, para que se desenvolva, algumas condições são essenciais para que possa realizar esse tipo de aplicação. A umidade, por exemplo, é importante e, por isso, aplicações biológicas em áreas de pivô tendem a funcionar melhor.