A antracnose é a principal doença da fase inicial de formação de vagens na soja, podendo estar presente também nas fases iniciais, a partir da germinação, até o final do ciclo da cultura. O fungo causador da antracnose é o Colletotrichum truncatum.

O inóculo inicial da antracnose pode se dar através de restos culturais presentes na lavoura ou através de sementes contaminadas. Para que o fungo se desenvolva, algumas condições ambientais são necessárias:

  • Chuvas ou orvalhos prolongados;
  • Dias nublados;
  • Chuvas e dias com temperaturas entre 24ºC e 30ºC.

Os danos causados pela antracnose na cultura da soja podem ocorrer desde o estabelecimento e desenvolvimento das plantas até o estádio vegetativo e reprodutivo. Quando o fungo se estabelece nos primeiros estádios da planta, causa lesões nos cotilédones e morte das plântulas. Nos demais estádios, causa lesões nos pecíolos e nas folhas, acarretando a queda prematura, e nas vagens, provoca abertura e queda.

Folha de soja, ainda verde, com sinais de antracnose.

 

Como realizar um manejo eficaz?

Para o manejo da antracnose, alguns métodos associados são utilizados para o controle, uma vez que ela está presente durante todo o ciclo da cultura.

Indica-se usar variedades com resistência parcial à antracnose, além de sementes com boa qualidade sanitária e fisiológica, associadas ao tratamento de sementes com fungicidas que controlem a doença desde o seu início.

Nos estádios vegetativos e reprodutivos, deve-se aplicar fungicidas com os grupos das carboxamidas, triazóis e estrobirulinas associados a multissítios.