A partir de segunda-feira, dia 31 de maio, as Equipes 23 e 24 do Rally da Safra vão percorrer áreas de milho segunda safra espalhadas por três dos principais estados produtores do grão. Para atender as medidas de distanciamento social em virtude da Covid-19, as equipes farão rotas diferentes para avaliação das lavouras. Saindo de Cuiabá, os técnicos da Equipe 23 seguem para a região Sudeste do Mato Grosso, passando por Primavera do Leste, Rondonópolis e Itiquira, e daí, partem para Chapadão do Sul, no Norte do Mato Grosso do Sul. Já a Equipe 24 passará por outras áreas em Primavera do Leste e Rondonópolis (MT), seguindo para o Sudoeste de Goiás, onde avaliará lavouras em Mineiros, Jataí e Rio Verde. As duas equipes encerram a etapa em Campo Grande (MS), no dia 05 de junho.

As chuvas no Mato Grosso foram mais irregulares e mal distribuídas do que em outras temporadas. A região Sudeste do estado foi bastante afetada pela irregularidade climática e a falta de umidade no solo impactou a produtividade. Dados da estimativa pré-largada da etapa milho segunda safra, do Rally, apontam que a produtividade no estado será 14% menor em relação à temporada anterior – a estimativa atual é de 94 sacas por hectare.

Já Mato Grosso do Sul e Goiás registraram menos chuva nesta safra e as regiões a serem avaliadas apresentam perdas significativas de produtividade, em comparação com a temporada anterior.  Os dados da estimativa pré-largada apontam queda de 26% de produtividade no Mato Grosso do Sul, com média de 62 sacas por hectare. Para Goiás, a expectativa é de que as áreas plantadas em janeiro e fevereiro colham de 90 a 100 sacos por hectare (abaixo da média de 150 na safra passada). As tardias poderão chegar a 50 ou 60 sacos por hectare – ou até deixarem de ser colhidas. A estimativa atual é de 76 sacas por hectare.

Nesta etapa milho segunda safra do Rally, a Agroconsult, organizadora da expedição, estima produção de 66,2 milhões de toneladas, em uma área plantada de 14,4 milhões de hectares, com produtividade média de 73,4 sacas por hectare, 19,6% inferior à da temporada 2019/20

Nas avaliações das lavouras do milho segunda safra, os técnicos vão apurar informações como rendimento das primeiras áreas, capacidade de recuperação das lavouras afetadas pela seca, impacto da seca na formação das espigas, condição climática durante a colheita, manejo de pragas e doenças e nível de tecnologia utilizado no milho segunda safra.

Seis equipes do Rally da Safra estarão no campo para esta etapa. Após concluir o trecho da próxima semana, os técnicos vão percorrer Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. “Será um momento importante para acompanhar as condições climáticas. Se não chover, a produção tende a ser ainda menor – mas caso as previsões sejam confirmadas, não se descartam surpresas positivas, considerando que uma recente onda de investimentos em nutrição, perfil de solo e genética tenha aumentado a resiliência em parte das lavouras. Nesse caso, algumas regiões que receberam uma a duas chuvas a mais podem melhorar a produção”, explica André Debastiani, coordenador da expedição.

O Rally da Safra 2021 chega à 18ª edição com patrocínio do Banco Santander, Phosagro, FMC e Rumo, e o apoio da Plant UP, Unidas Agro, FIESP e Universidade Federal de Mato Grosso.